História & Estórias

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EM ABRIL SE FEZ LUZ

Abril despertou25 cravo portugal
Um sono profundo,
De medo, de escuridão
Amordaçado na vontade,
No sonho, na liberdade
De amar e ser amado!

Abril acordou
Sorriu, floriu,
Cantou, gritou
De alegria e euforia:
Liberdade, liberdade,
Ditadura nunca mais!

Em tom de festejo
Sem alegria demais
Abril voou e levitou
Nos raios do sol
E nas asas do vento
Sonhou e bailou!

Em abril de fez história
O dia nasceu, o sol raiou
Pintado de cor e amor,
Alimento de rubra flor
Que de esperança ditou
O futuro teu e meu!

Em abril se fez luz!

Fernand@maro

NESTE PAÍS QUE É TEU

Há 46 anos, que nunca fez tanto sentido comemorar o 25 DE ABRIL! Voltamos a sentir a necessidade de nos sentirmos livres!

NESTE PAÍS QUE É TEU

Neste país que é teu
À beira do mar plantado,25-Abril-Caminha
Que era escuro como o breu,
De gente de tristeza pesada
A DEMOCRACIA venceu!

Foi há 46 anos que isto aconteceu
A Fénix das cinzas renasceu
O sol acordou e sorriu
Vozes entoaram uma canção
Canção que eu logo aprendi!

Essa canção que aprendi
Cantava que a liberdade
Era o bem mais precioso
Por ela devo zelar
E nunca a deixar roubar!

Aprendi que difunde o amor
Salpicado de cor e alegria,
De coragem e autonomia,
Voar com rumo certo
E velejar em mar aberto!

Um bem haja eu devo fazer
E ao MFA agradecer
Que com vigor e audácia
A ditadura derrubou
E  a DEMOCRACIA implantou!

Fernand@maro

Celeste a mulher que fez do cravo o símbolo do 25 de Abril de 1974

Em 1974 Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado, com a mãe e com a filha. Trabalhava na rua Braancamp, na limpeza do restaurante Franjinhas, que abrira um ano antes. O dia de inauguração fora precisamente o 25 de Abril de 1973. O gerente queria comemorar o primeiro aniversário do restaurante oferecendo cravos à clientela. Tinha comprado cravos vermelhos e tinha-os no restaurante, quando soube pela rádio que estava na rua uma revolução. Mandou embora toda a gente e acrescentou: “Levem as flores para casa, é escusado ficarem aqui a murchar”.
Celeste foi então de Metro até ao Rossio e aí recorda ter visto os “chaimites” e ter perguntado a um soldado o que era aquilo.
O soldado, que já lá estava desde muito cedo, pediu-lhe um cigarro e Celeste, que não fumava, só pôde oferecer-lhe um cravo. O soldado logo colocou o cravo no cano da espingarda. O gesto foi visto e imitado.
No caminho, a pé, para o Largo do Carmo, Celeste foi oferecendo cravos e os soldados foram colocando esses cravos em mais canos de mais espingardas.

Fonte: RTP

Qual a maior conquista de Abril?!…

De acordo com João André Costa, professor há 11 anos em Inglaterra, a maior conquista obtida com a revolução de Abril foi a EDUCAÇÃO.

Educar é crescer, crescer é viver e pós 25 de Abril crescemos como pessoas, crescemos como país.

No tempo do Estado Novo a educação no seu sentido mais lato, como modo continuado de desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais do ser humano, era somente adquirido por um grupo reduzido de pessoas, uma vez que a escolaridade, além da 4ª classe, era um privilégio exclusivo para as pessoas com possibilidades económicas.

A revolução de Abril permitiu a todos os cidadãos o acesso à escolaridade. Ao longo deste 45 anos fizeram-se grandes progressos na educação, no ensino, na escola, mas também houve iguais retrocessos com insistentes ataques aos professores e à escola pública, com o crescente descrédito e desrespeito da classe docente cada vez mais envelhecida.

Mas não vamos desistir, pelo que  cito João André Costa: “Sem educação não há liberdade. Sem educação não há resistência. Sem educação não há Abril, só esquecimento e um povo embrutecido entre a praia, futebol e centros comerciais.

Por isso continuamos a lutar e a repetir, ano após ano, antes do 25 de Abril, durante o 25 de Abril e depois do 25 de Abril, viva a liberdade, 25 de Abril sempre!”

O PRINCÍPIO DO FIM

Quarenta dias antes da revolução do 25 de Abril de 1974, deu-se a tentativa das Caldas. Um fracassado golpe militar que contou somente com 170 homens da Infantaria 5 das Caldas da Rainha. Frustrados os objetivos, foram feitas prisões a nível militar.

O golpe das Caldas acabou por ser um ensaio militar na preparação das operações que conduziram à revolução do 25 de Abril de 1974, que instaurou a democracia no nosso país e recuperou as liberdades fundamentais do povo português.

O já falecido historiador e político António Medeiros Ferreira referiu que o 16 de Março esteve para o 25 de Abril como o 31 de Janeiro esteve para o 5 de Outubro, mas que a História por vezes é cruel e este foi injustamente esquecido.

16 março 1974