É uma manhã de domingo de inverno! O dia acordou solarengo. Vou aproveitar o sol, recarregar baterias e acumular energia para vencer a semana que se pressupõe ser agitada e trabalhosa. Pego num livro e sento-me na janela que se debruça sobre a paisagem, procurando usufruir de um dos meus prazeres. Ler é um prazer, não só para quem cresceu entre livros e conquistou a cada página lida, o gosto pela leitura, como também para aqueles que buscaram aventuras e encontraram essas máquinas do tempo nas casas de amigos e vizinhos ou mesmo nas estantes da Biblioteca Itinerante Calouste Gulbenkian que, visitava de quinze em quinze dias as aldeias do interior. Eu fui uma dessas curiosas e aventureiras que descobriram que cada livro guarda dentro mundos desconhecidos e atraentes, tempos com lugares mágicos e fantásticos com pessoas monstruosas e admiráveis. Eu sou uma dessas que se apercebeu que cada livro abriga outras memórias, outras formas de ser e de estar, de sentir, de comunicar, de rir…, pelo que persiste no ato da leitura. Ler é um prazer, não uma obrigação!
Seja
uma bebida ao pôr do sol, um passeio ao entardecer, um piquenique à beira rio
ou uma viagem de sonho. O verão é tempo de férias, é tempo de descansar com
sabor a praia e a campo, a alegria e descontração.
O verão da minha infância cheira a aldeia, a terra e a
fruta. Era quando as férias
duravam 3 meses e chegava mesmo a ter saudades da escola. Era o tempo das
cigarras, das tarde e noites quentes, em que deitada na varanda observava o céu
estrelado e imaginava-me a viajar pelo espaço infinito à procura de um príncipe
encantado montado no seu cavalo alado da cor do arco íris ou ser aconchegada e
embalada nos braços da estrela mais brilhante, a Estrela Polar.
Nasci e vivi a minha infância numa pacata, mas linda aldeia alto duriense. Para estudar tive que ir para a cidade e somente regressava à aldeia e à casa paterna no período das férias. Mas sem dúvida que as minhas férias preferidas eram as do verão. Era o tempo de rever os amigos, era o tempo dos bailaricos e das paixonetas, era o tempo dos fins de tarde abafados, já depois do banho tomado no tanque ou na fonte. Era irmos espreitar, o pôr do sol, na torre mais alta do castelo e avistar o serpentear da coluna de fumo do comboio que corria e apitava junto ao Douro. Era jogarmos à bola ou à bilharda, brincarmos às escondidas ou às apanhadas, era irmos até à ribeira Teja chapinarmos nas poças de água que ela ainda tinha ou então apanhar as amoras, rapinar as maçãs e as peras das árvores que por lá havia. No final do verão assaltávamos, também, os vinhedos à procura da uva moscatel ou do dedo de dama, que eram as mais apreciadas.
No meu caso, as férias grandes eram acima de tudo a grande oportunidade de ler. Adorava histórias de príncipes e princesas, fadas e bruxas, em que o bem triunfava sobre o mal e o amor saía sempre vencedor. Gostava também das histórias de animais personificados, quase sempre começadas por: “Há muito, muito tempo, na época em que os animais falavam…” Nessa altura era utente assídua da Biblioteca Itinerante Calouste Gulbenkian, que nos visitava regularmente. Aos seus abalizados funcionários devo o gosto que ainda tenho pela leitura. Foram eles que muito contribuíram para esta minha paixão pelos livros, pelas letras. Recordo que simpaticamente me aconselhavam os livros adequados à minha idade e me deixavam trazer mais dos que os permitidos.
As férias na praia só as tive na idade adulta, quando fui para a
faculdade. Hoje são as minhas preferidas! Adoro passear à beira mar, chapinhar
na água, pontapear as ondas e saborear e cheirar a brisa marinha! Apraz-me
observar o sol espraiar-se no mar e criar um resplandecente por do sol em tons de laranja e amarelo! Gosto de
apreciar a beleza do verde e do azul do mar
e sonhar com as terras distantes e os
lugares recheados de magia que são banhadas por aquelas águas imensas! Como
gostaria de viajar na crista das ondas e ser transportada para essas aventuras
fantásticas e encantatórias!
Como gostaria de regressar aos verões da minha infância, em que tudo era simples e muito feliz, mas eu não o sabia!
O tempo é como um rio! Corre e corre continuamente! Passa e não para, pelo que não se consegue tocar na mesma água mais que uma vez. Ela passou e não voltará a passar. O tempo foi-se e não virá de novo!
A vida é como uma peça de teatro, mas sem ensaios! Temos, então, de a vivenciar, sentir com vigor o presente e aproveitar todos os minutos, todos os segundos: cantar, chorar, rir, dançar… e viver intensamente antes que a peça acabe e se feche a cortina!
Devemos, por isso, alicerçar o nosso dia a dia na vida, na família e nos amigos, porque a vida é curta, a família é única e os amigos são raros e especiais!
“Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
– Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:
– E onde estão os seus…?
– Os meus?! Surpreendeu-se o turista. – Mas estou aqui só de passagem!
– Eu também…
“A vida na Terra é somente uma passagem… No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente, e esquecem-se de ser felizes.” concluiu o sábio.”
Esta é uma ficha de trabalho que dou frequentemente aos meus alunos para que possam desenvolver e diversificar as competências a nível vocabular.
Lê atentamente a página do diário do João, que abaixo se transcreve. Nela, o João repete com insistência as palavras “coisa” e “coisas”.
A tua tarefa será reescrever esta página, fazendo as alterações possíveis de forma a evitar tantas repetições.
“- Mas que coisa!!! Estou atrasado outra vez!!!
Visto-me a correr, e saio sem comer nada, pois a coisa das torradas estava avariada.
A viagem de minha casa até ao escritório continua a mesma coisa: trânsito muito lento, muitas buzinas, parece que toda a gente está atrasada… Mas hoje a coisa esteve pior ainda, pois, com a CP em greve, toda a gente tirou o carro da garagem. Mas greve é coisa que não se discute.
Depois de 45 minutos, cheguei enfim ao escritório!
Entro discretamente, pouso as coisas na secretária, mas logo o chefe aproxima-se e diz:
– João, outra vez a mesma coisa? Não há maneira de chegares a horas! Ao menos se não deixasses amontoar tanta coisa na tua secretária! E não me venhas com coisas outra vez! Daqui para a frente as coisas têm que mudar radicalmente neste escritório. Ou és pontual, ou serás demitido.
Enquanto ouvia o discurso de sempre passaram-me umas coisas pela cabeça, mas resolvi ficar calado e não dizer nada… A coisa, hoje, está complicada para quem anda à procura de emprego!…
Agora chega de escrever nesta coisa. O dia chegou ao fim e, se Deus quiser, amanhã a coisa será diferente.”
“Era uma vez ”, é como começam a maioria das estórias mas, a minha não começa assim, não! A minha estória é muito diferente!
Isto é no início de tudo, antes de tudo que se possa imaginar. Antes dos dragões e dos dinossauros, antes dos vulcões e até mesmo da terra. O universo era um espaço para descobrir e, os planetas eram porções de massa envolvidas em neblina, mistérios e receios.
Vou contar-vos a estória de dois planetas maravilhosos e, ao mesmo tempo muito diferentes. Esta é a história de Neptuza e Septuza.
Neptuza era o planeta da água. Nele habitavam, não só as mais lendárias e temidas criaturas, como também as falaciosas sereias e tritões e ainda os animais e as plantas aquáticas que hoje partilham os nossos mares e nossos rios. Lá, não se vivenciava a adversidade e os seus habitantes viviam com grande satisfação. O azul de Neptuza era tal e qual a do céu e por vezes não se sabia onde começava um e acabava outro. As algas verdes tinham um movimento baloiçante que pareciam dançar à luz dos corais multicolores. Havia muitos melodiosos e agradáveis sons, mas nenhum ruído era tão agradável como aquele que muitas vezes irrompia o silêncio e o sossego daquelas paragens, o maravilhoso riso das crianças que, ali e acolá, se divertiam com os seus jogos de crianças. Como em qualquer planeta as crianças usavam sempre a imaginação para criarem lindos e divertidos jogos.
Outro planeta com tal maravilha era Septuza que era o planeta do elemento terra. Era aqui que se podiam achar criaturas tão maravilhosas, ultra mágicas e super fantásticas que tudo faziam para proteger e aureolizar Septuza. Em cada bela flor poder-se-ia encontrar uma bela fada-flor do tamanho de borboletas com asas que guardavam todas as cores do arco-íris e suas primas, as fadas boas que tratavam de todas as criaturas com muito amor e respeito. Nas árvores, podíamos encontrar sábios duendes que eram como livros fechados à espera de serem lidos. Existiam mais criaturas e também animais mas, aquelas cujo nome era temido eram as fadas más. Tinham sido mandadas prender nas quentes celas do núcleo onde as suas maldades seriam travadas. Septuza era como uma gigantesca esmeralda verde e brilhante pintalgada de flores de todas as cores. Com o vento, as árvores pareciam bailar ao ritmo das valsas que as fadas e todos os seres encantadores tocavam e dançavam. As crianças, corriam de um lado para o outro, livres e leves como passarinhos, ora a esconder-se nos colos das fadas, ora nos troncos ocos das árvores da floresta clara que, recebia do sol os seus raios como calorosos abraços.
Conto-vos isto como já contei a outros mais que, me acharam mentirosa ou até mesmo maluca, mas não me importo! Penso que não se devem guardar sonhos tão belos como este só para nós!
Olá, bem-vindo ao meu blog!
Adoro História e estórias! Estórias que leio, que conto..., bem como sou entusiasta pela História do meu país / do meu povo.